quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pré-jornalistas choram por nada

Não dá para compreender porque tanto bate-boca quanto a nova lei que não obriga mais uma pessoa cursar uma universidade para ser jornalista. Um jornalista assim como um pintor, não precisa ser formado, basta ter o dom, boa vontade e criatividade. Claro que alguns sem isso teriam que fazer um curso, visto que a maioria dos jovens querem ser “Jornalistas” mas não sabem escrever.

Esta semana, assistindo ao “MTV na Rua”, um bom programa no horário das 18:00 horas fiquei triste com os jovens. Eu apesar de ter 48 anos, sou ligado na MTV apesar do estereotipo de TV para Bobões, como se todos os jovens gostassem de falar ou ouvir bobagens. Há vários quadros neste programa e na sua maioria, são jovens estudantes e alguns até de universidades que vão lá fazer uma aprendizado extra da coisa, o que é muito bom.

Ocorre que tem um quadro onde a pessoa sobe no palco e chora suas magoas sobre os problemas que ocorrem. Ta certo que são jovens e o programa é divertido mas abusam. Uma garota neste dia “reclamou” em rede nacional que uma amiga a convidou para seu aniversario por SMS e isso era muito chato. Depois, uma das raras estudantes inteligente subiu para tentar mudar isso, “chorando” que as pessoas deveriam ocupar aquele espaço para apontar coisas mais nobres e/ou relevantes. Resultado, foi vaiada e não recebeu o premio (uma camiseta), da apresentadora que é a Penélope Nova.

Seria até mesmo um momento da querida apresentadora Penélope pedir palmas mas parece que não entendeu a mensagem. Meu filho de 11 anos ficou chateado com isso e achou que a garota deveria ter recebido a camiseta e ser aplaudida e não vaiada.

E é este mesmo pessoal, acostumado a escrever de forma inteligível nos MSN da vida que estão brigando pelo tal diploma, como se um pedaço de papel fosse dar poderes sobrenaturais para alguém escrever algo consistente. Dou um exemplo recente de repórter formado para nada aqui de Porto Alegre.

É sabido que existe um caos na segurança e sempre que a população pede policiais, a BM alega que não tem e faltam homens nas ruas. Em Viamão, minha cidade não se vê nas ruas, apesar de termos 260.000 habitantes. Bom, ocorreu que alguns traficantes estavam sendo mortos, a mando de outros traficantes presos de dentro de presídios em Porto Alegre (briga por bocas de fumo). A BM então deslocou mais de 500 (quinhentos) soldados para acabar com esta matança. Agora, nenhum jornalista formado com diploma na mão perguntou para o ilustríssimo mandante da operação de onde que saiu tantos soldados e porque não usá-los em defesa do cidadão.

Nenhum jornalista formado pode perguntar ou falar o que as TVs não permitem. O que adianta então ser jornalista de cabresto? Era para esse pessoal se unir e tentar criar um grande jornal (como o Brasil Wiki que sabe), uma TV sei lá e falar tudo, uma imprensa livre mesmo. O pior de tudo, que grande parte dos jornalista hoje depende do jornalista” sem diploma, ou seja, aquele que tem lá seu blogzinho, que sai pelas ruas de periferia vendo o que acontece. Hoje, a grande maioria dos jornalistas só vão atrás de um fato quando alguém liga e os conta algo. Assim, pra que canudo?

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo em gênero, número e grau. E pra encurtar a conversa, tem quem não acredite nas pérolas do Enem?